quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Contratempo

(a Daniel Zandonadi)

a filigrana no canudo:
túnel rasgado de luz.
elmo, espada, escudo:
estou armada de veludo
almocei e jantei cuscuz.

sépia, canela, feno:
o inverno chega e
contradiz:
gravetos tilintam ao vento,
o açúcar é só fermento,
soluço meu monumento
enquanto você é feliz.

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